Ontem cumprir o meu dever cívico de votar.
Não é programa que me agrade muito, afinal apanho sempre grandes secas nas filas e encontro sempre melgas nestes actos eleitorais.
Este ano foi ainda mais complicado. Nas eleições europeias votei no sítio do costume. Para as legislativas entenderam que eu andava a precisar de ginástica e que devia andar mais a pé e então mudaram a minha mesa de voto para a ponta oposta da cidade, ou seja, a quase 3 Km de distância de casa.
Os gajos pensavam que era da maneira que eu não ia votar?? Quilharam-se! Fui de carro!
Chegada à mesa de voto é que vi a tramóia. A caneta estava atada à mesa e a cordinha era bem curtinha. Esticada a cordinha só chegava ao primeiro quadradinho! Finos, né? Para votar noutro partido que não fosse o PS era preciso grande ginástica com o boletim e manter a corda bem esticadinha. E depois, claro, tanta manobra faz barulho e os chefes das mesas veem logo “Olha, aquela não está a votar no PS”.
Eu não sei se nas outras mesas de voto foi assim, mas na minha estava tudo armadilhado para que só se conseguisse colocar a cruz no primeiro quadradinho.
Ora, como eu nunca faço o que a maioria faz, fixei a caneta e arrastei o boletim.
Votei nulo e risquei a mesa. Bem feita!
Votei nulo e risquei a mesa. Bem feita!