Às vezes tenho momentos de grande simpatia. Chego mesmo a ser amorosa. São raros momentos, eu sei, mas existem. E só são assim tão raros porque os outros abusam.
Aconteceu hoje.
Cheguei ao escritório cedo para poder adiantar trabalho (eu sei, é uma vergonha, mas sou incapaz de deixar trabalho para os outros) e já estava um indivíduo sentado no degrau da porta.
O meu primeiro pensamento foi deixa-lo lá (o escritório só abre às 9h, ninguém te mandou ser nabo!) mas enquanto subia as escadas vinda da garagem pensei: Vou lá fora ver o que ele quer, até pode ser que seja só para deixar algum documento e assim escusa de estar a secar (não sei como tive essa ideia, devia ter alguns fusíveis ainda a arrancar ou falta de oxigénio no cérebro por estar a subir escadas…).
Aproximei-me dele e perguntei: Bom dia, está à espera que o escritório abra?
Ele, enquanto cortava as unhas e as disparava em várias direcções a alta velocidade respondeu: “Ya, vim cedo para poder bazar logo a seguir. Podes abrir?”.
Quê?????
Olhei-o uns 3 segs com a cara do costume e virei costas.
Bem que ficas aí até isto abrir parvalhão!