terça-feira, 6 de outubro de 2009

De quem eu gosto

"Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti que eu tanto espero.
Se gosto ou não afinal
Isso é comigo,
Mesmo que penses
Que me convences
Nada te digo"

Há uns anos fiz Erasmus em Espanha e como a terra onde fui colocada ficava bem longe da terra natal e os transportes para lá não eram os melhores (chegava a demorar 13 horas de viagem…) só vim a casa nos períodos típicos (Natal e Páscoa).
Ora, estava eu um dia a arrumar a casa com o rádio ligado quando começou a tocar esta música.
E eu, que nunca fui grande fã da Sra. D. Amália (como também não sou fã de qualquer fadista…na verdade nunca liguei muito a fados…) parei automaticamente e fiquei paralisada a ouvi-la com um aperto enorme no coração. Esta estrofe ficou-me para sempre cravada na memória, nem tanto pelo conteúdo, mas porque me lembro sempre desse momento quando volto a ouvir este fado e das saudades que nessa altura senti.

Realmente só damos o verdadeiro valor às coisas quando não as temos…

2 comentários:

  1. Pois, temos de ficar privados das coisas, das pessoas, dos lugares, dos momentos a que dá-mos como garantidos, para lhes dar-mos o devido valor! Somos criaturas muito estranhas, eu culpo a memória se fosse-mos como peixes, ao fim de uns segundo tudo era novidade, logo, não sentiriamos, saudade, e já não dava-mos tudo como garantido! Em quem descarregamos as nossas, frustrações, ansiedades, tristezas, desamores??? Nas desgraçadas das pessoas que estão sempre lá, a quem egoisticamente recorrermos e não lhes atribuímos o reconhecimento de tal. Agora vou chorar e auto flagelar-me um pouquinho...

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